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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Como o filme Clube da Luta pode ajuda-lo em sua jornada

Hoje (re)assisti o filme Clube da Luta de 1999, um clássico e aquele tipo de filme que você pode assisti-lo de duas maneiras: Como um filme de violência ou um filme onde as brigas são apenas um pano de fundo para uma mensagem mais nobre.

Quando adolescente eu assisti apenas como um filme de porradaria e hoje pude olhar com outros olhos numa época que não tinha maturidade para absorver.

Sem entrar no detalhe para não dar spoiler, o filme faz uma crítica social a respeito de quem essencialmente somos (ou em quem nos transformamos ao longo da vida) e que só seremos verdadeiramente livres quando estivermos livre de “coisas”.

Respeitando a licença poética do diretor, o filme leva isso ao pé da letra para apresentar a idéia. Claro que na prática você não precisa abrir mão de ter dinheiro, status ou um bom emprego. No fundo isso não te faz mais ou menos importante que outras pessoas, pois o seu verdadeiro “eu” é algo de dentro pra fora e não a partir das influências externas que muitas vezes podem estar contaminadas por marketing, por efeitos “da moda” ou por como a sociedade gostaria de vê-lo.

Um trecho muito f*da onde o protagonista (enquanto destrói uma loja de departamentos com computadores Apple *** isso deu pena) fala claramente...

  • Você não é o seu emprego.
  • Nem quanto dinheiro tem no banco.
  • Nem o carro que dirige.
  • Nem o que tem dentro da sua carteira.
  • Nem as malditas calças que veste.

Para mim isso bateu como um soco no meu estômago pois cada um dos pontos acima são itens que buscamos ao longa da vida, e incansavelmente buscamos um upgrade como uma corrida sem fim.

Recentemente tenho me incomodado com a maneira com que me visto. Mesmo não gostando de estampar marcas e dando preferência para roupas de cores mais discretas e minimalistas, tenho me sentindo um verdadeiro catalogo de marcas ou um outdoor humano.

Tênis da Adidas, calça Levi's, camiseta Lacoste, relógio da Apple, carro importado, tudo isso talvez para encontrar o meu “eu” a partir de um lifestyle construído pelas empresas de publicidade. Eu tenho flertado com a matrix, mas felizmente estou ciente disso e tento fazê-lo com os pés no chão para não colocar tudo a perder. Mas isso quando se torna um excesso ou o consumo passa a não ser necessário me gera um grande incomodo.

Se de alguma forma você se identificou com tudo isso e também quiser levar um soco na cara, assista Clube da Luta!

2 comentários:

  1. Sensacional esse filme. Engraçado, a tecnologia me ajudou a me livrar das coisas. Hoje não tenho mais DVD, esta tudo no stream.
    não tenho mais livro esta no Kindle.

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  2. Olá IO,

    Realmente, é um cruzado no queixo o trecho que você destacou!

    A pessoa pode ter o dinheiro que for, mas isso não mudará o que ela é realmente...

    Ganhadores da mega-sena que acabam sem nada após um tempo é um exemplo vivo disso ai

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