Inicialmente imaginei que largaria meu trabalho para iniciar minha vida FIRE quando atingisse 40 anos. Após muitas contas, planilhas e estudos, decidi antecipar um pouco. Tinha a eterna dúvida: “Será que minhas reservas são suficientes?” ou “Deveria juntar mais um pouco?”. Sempre buscamos desculpas para não iniciar algo ou protelar uma decisão difícil, pois além do dinheiro, um dos pontos mais difíceis é largar a segurança da rotina por um futuro desconhecido. O ser humano adora a previsibilidade e se sente menos ansioso quando está inserido em um ambiente que lhe é familiar.
Continuei a pensar: "E se ficar desatualizado no mercado?", "Perderei todo meu networking?", "Se tudo der errado e tiver que procurar um novo emprego?", "Sentirei falta do glamour?". Mas algo falava mais alto na minha cabeça que precisaria parar em um momento que tivesse saúde e vitalidade para esportes como o surf.
Tinha uma posição alta numa empresa de tecnologia, bastante prestígio, plano de saúde top, academia, bônus anuais, etc. Eu vivia em uma “prisão perfeita”. Tinha a vida que muitas pessoas que almejam o "sucesso" buscam, porém totalmente escravo das circunstâncias.
Simplesmente odiava frequentar eventos, sorrir para pessoas que eu não tinha afinidade, almoço de negócios, fazer happy-hour ou criar relacionamentos com pessoas das quais não queria estar. A vida corporativa é um verdadeiro teatro da vida real onde todos acreditamos nos personagens que criamos.
Foram quase 2 anos planejando, planejando, planejando, conversando com pessoas, vendo filmes e tudo que remetia a viver de renda, sair da matrix, seguir um caminho que me desse mais prazer. Cheguei a contratar um planejador financeiro para garantir que não estava fazendo nenhuma besteira e me dar mais segurança. A teoria da TSR de 4% me ajudou muito a balizar quanto precisaria para adaptar minha renda mensal ao meu custo de vida.
Ainda pensando o FIRE como um plano B, estava decidido propor para meu chefe um ano sabático. A resposta dele foi categórica: “Nem pensar! Certamente todos os outros diretores adorariam fazer isso, mas estamos aqui batalhando pela empresa”. Nessa mesma ligação afirmei que não iria mais continuar. Já tinha decidido que se não fosse possível eu acionaria o plano B. Meu tempo de vida não estava em negociação e eu precisava ser dono do meu destino.
Continuei a pensar: "E se ficar desatualizado no mercado?", "Perderei todo meu networking?", "Se tudo der errado e tiver que procurar um novo emprego?", "Sentirei falta do glamour?". Mas algo falava mais alto na minha cabeça que precisaria parar em um momento que tivesse saúde e vitalidade para esportes como o surf.
Tinha uma posição alta numa empresa de tecnologia, bastante prestígio, plano de saúde top, academia, bônus anuais, etc. Eu vivia em uma “prisão perfeita”. Tinha a vida que muitas pessoas que almejam o "sucesso" buscam, porém totalmente escravo das circunstâncias.
Simplesmente odiava frequentar eventos, sorrir para pessoas que eu não tinha afinidade, almoço de negócios, fazer happy-hour ou criar relacionamentos com pessoas das quais não queria estar. A vida corporativa é um verdadeiro teatro da vida real onde todos acreditamos nos personagens que criamos.
Foram quase 2 anos planejando, planejando, planejando, conversando com pessoas, vendo filmes e tudo que remetia a viver de renda, sair da matrix, seguir um caminho que me desse mais prazer. Cheguei a contratar um planejador financeiro para garantir que não estava fazendo nenhuma besteira e me dar mais segurança. A teoria da TSR de 4% me ajudou muito a balizar quanto precisaria para adaptar minha renda mensal ao meu custo de vida.
Ainda pensando o FIRE como um plano B, estava decidido propor para meu chefe um ano sabático. A resposta dele foi categórica: “Nem pensar! Certamente todos os outros diretores adorariam fazer isso, mas estamos aqui batalhando pela empresa”. Nessa mesma ligação afirmei que não iria mais continuar. Já tinha decidido que se não fosse possível eu acionaria o plano B. Meu tempo de vida não estava em negociação e eu precisava ser dono do meu destino.
Uma metáfora para descrever a sensação que tinha era como se estivesse meu corpo amarrado a uma mala de dinheiro pesada que me mantinha preso (salário e benefícios), mas que eu poderia me desamarrar para conquistar minha liberdade a qualquer momento. No fim das contas o dinheiro e a segurança gerada é totalmente virtual e nascemos livres. Se não colocarmos um teto, o que conquistamos nunca será suficiente e passamos toda a vida em busca de mais. Quando nos damos conta que a vida é finita e que iremos morrer, aumenta o senso de urgência para usufruir e tendemos a valorizar mais o tempo.
Fiquei dois meses na empresa para garantir que deixaria tudo encaminhado e estaria livre para seguir um novo caminho. Separei em um fundo de investimento o recurso que me atenderia pelos próximos 12 meses. Foi com esse dinheiro que paguei meu próprio “salário” incluindo todas as contas: plano de saúde individual, gastos com a casa, celular, supermercado, lazer, transporte, etc. Passei a ganhar menos do que quando estava trabalhando, mas suficiente para viver de forma confortável e acima da média de muitos brasileiros. Tomei cuidado para não ser irresponsável com o dinheiro e não fazer nenhuma extravagância nesse período, garantindo que meus custos se manteriam dentro do planejado.
Iniciei minha vida FIRE vivendo um padrão de vida como um cidadão de classe média em uma capital do Brasil considerada cara, com certo conforto, mas ciente de que os investimentos são meus "funcionários" e que precisarei cuidar muito bem deles daqui pra frente.
Nos próximos posts vou relatar sobre "Liberdade e o Paradoxo da escolha", "Fluxo de caixa e investimentos", "A romantização do FIRE" e mais.